quinta-feira, 24 de junho de 2010

Romantismo crónico não mata, só enlouquece


(Só para provar que há coisas românticas que realmente têm qualidade.)


Sofro da doença do romantismo crónico. Não que seja muito perigoso… Digamos que é uma enxaqueca: não mata, mas é difícil de suportar.

Gosto muito de escrever. Adoro ser assim, mas dá-me náuseas pensar que escrevo sobre sentimentos, sentimentos e sentimentos… E mais sentimentos. O meu alter ego é a pessoa mais sentimental à face da terra. Estou a ficar com vómitos só de pensar em certas coisas que já disse e escrevi. E se me lembrar do meu outro blog, tenho que correr e vomitar tudo o que comi nos últimos dois dias. Matem-me, sou uma romântica incurável.

O que me fez escrever não foi a minha enfadonha doença, foi mais uma dessas coisas estúpidas sobre as quais gosto de divagar. Séries e filmes. Tenho exames e devia estar a estudar. Mas, estou cansada e não me apetece. Logo, vejo filmes e séries, até ficar com os olhos tão vermelhos que parece que lhes andei a espetar agulhas por diversão. Percebi o porquê de achar séries mais interessantes, apesar de, nos últimos dias, me ter dedicado mais ao cinema e menos à TV.
Nos filmes que tenho visto, os casalinhos ficam bem - naquele típico ambiente meloso, embrulhado com muito amor e felicidade - dá aquela musiquinha lamechas e lá aparece a tela negra com o “cast”. Aborrecido.
Nas séries, pelo contrário, dá tempo para ver casalinhos juntos e felizes, separados e felizes, separados e tristes, enfim, tudo. É muito mais interessante. Dá tempo para conhecer muito melhor as personagens. Apesar de conseguir haver lamechice na mesma, é diferente, porque, uns episódios depois do grande climax romântico, as personagens até começam a agir como pessoas normais. Nem parece tanto um conto de fadas impossível. O que dá mais esperança à minha cáustica alma romântica. Às vezes também fico frustrada, quando só me apetece fugir e viver eu aquela história. Mas não é disso que é feita a arte? O observador tem que sentir alguma coisa.
No entanto, adoro filmes que acabam mal. Não sei porque raio sou assim, mas também é crónico. A tragédia atrai-me e ponto final.

E para provar que há romantismo na tragédia:
All the love gone bad
Turned my world to black
Tattooed all I see
All that I am
All I'll be...
Yeah
I know someday you'll have a beautiful life
I know you'll be a sun
In somebody else's sky
But why
Why, why can't it be
Why can't it be mine