quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

50 coisas a ter em conta no próximo ano

Fotografia que tirei por alma do acaso e, aparvalhadamente, enfeitei com um monte de palavras para ficar bonito


Uau, mais um monte de frases que as pessoas escrevem em fotografias sem interesse nenhum para parecer bonito, pensei eu quando li isto pela primeira vez. Estava tão enganada que entretanto decidi traduzir para português. Perdão por isso, bem sei que tudo soa melhor na bela língua britânica!

1. Tu és mais forte do que aquilo que pensas.

2. Os erros ensinam coisas importantes. De cada vez que cometes um, estás mais próximo do teu objectivo.

3. Nada te deixa em baixo, à excepção de ti mesmo.

4. Podes sempre seguir em frente, tudo depende do quanto queres seguir em frente.

5. Por mais progressos que faças, vai sempre haver alguém a dizer que o que estás a tentar atingir é impossível.

6. A única coisa que te limita é a tua própria imaginação. Deixa-a voar.

7. A percepção é a realidade.

8. Podes confiar nos teus instintos.

9. Há apenas uma coisa que podes perguntar a ti mesmo: “O que farias se não tivesses tanto medo?”

10. É frequente não conseguires saber quão perto estás do sucesso.

11. Os únicos erros que realmente magoam são aqueles que cometes porque simplesmente tens demasiado medo de errar.

12. Não deixes que o sucesso te suba à cabeça, ou que o insucesso te chegue ao coração.

13. Tens mesmo que passar pelos dias maus para mereceres os melhores dias da tua vida.

14. 10% da vida é o que realmente te acontece e os restantes 90% são a maneira como reages.

15. Faz o que gostas, não aquilo que é suposto.

16. Rir é o melhor medicamento para o stress. Ri-te frequentemente.

17. Se te quiseres sentir rico, pensa na quantidade de coisas que possuis e que o dinheiro não pode comprar.

18. Desculpares-te a ti mesmo é muito mais importante que os outros te desculpem.

19. Se todas as manhãs acordares convicto de que algo fantástico te vai acontecer, é bem provável que realmente aconteça.

20. Sê bom para ti mesmo.

21. Na maior parte das vezes não interessa o que os outros pensam. Segue as tuas convicções.

22. Nenhum tipo de educação é perda de tempo. Passa por todas as experiências que puderes.

23. Fazer uma pessoa sorrir pode mudar o mundo.

24. Não te esqueças de gostar da tua vida.

25. Nunca sabes quanta força tens até que ser forte seja a única saída.

26. Às vezes, coisas boas acabam para que melhores comecem.

27. Não podes mudar aquilo que te recusas a confrontar.

28. Chorar não significa que és fraco. E também não resolve os teus problemas.

29. Não importa quantos erros cometes ou quanto tempo vai demorar até que atinjas o que queres. Pelo menos estás a tentar.

30. A vida não é só esperar que a tempestade passe, é mais aprender a dançar na chuva.

31. Podes aprender muito com os teus erros quando não te limitas a negá-los.

32. Desiste de te preocupar com o que os outros pensam.

33. Quanto paras de perseguir as coisas erradas, dás uma oportunidade às coisas certas.

34. Tens que aceitar que algumas coisas nunca serão tuas e aproveitar as que realmente te pertencem.

35. Como disse Henry Ford: “Quer penses que consegues, quer penses que não consegues, estás certo.”

36. Não tenhas medo de sair da tua zona de conforto. Algumas das melhores experiências e oportunidades da tua vida só vão aparecer se correres riscos.

37. Desistir pode não significar que és fraco, às vezes significa apenas que és forte e inteligente o suficiente para seguir em frente.

38. Não vivas no passado e não te preocupes demasiado com o futuro. O agora é mais importante.

39. Nunca vais ter 100% de certeza de que alguma coisa vai resultar, mas podes ter 100% de certeza que não resulta se não tentares.

40. Por mais que tentes escolher bem as palavras vai sempre haver alguém que as interpreta mal. Diz apenas aquilo que tiveres que dizer.

41. Não conseguires o que queres pode ser um rasgo de sorte.

42. Se és apaixonado por alguma coisa, persegue-a, independentemente do que os outros pensam. É assim que se atingem os sonhos.

43. Se tens sempre a mesma atitude, atinges sempre as mesmas coisas.

44. O que está à tua frente ou atrás de ti pouco importa, comparado com o que está em ti.

45. Não rezes quando chove se também não rezas quando está sol.

46. Não esperes que te deem uma chance, corre o risco.

47. Se fosse fácil, toda a gente o faria.

48. Sê vulnerável.

49. Um problema é apenas uma forma de aprender.

50. Independentemente da situação, a vida continua.

(Não possuo qualquer direito de autor sobre estas coisas, limitei-me a traduzi-las. Não, também não sei a quem pertencem.)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Gil (1998 - 2011)

Ainda tenho a marca dos dentes dele na mão, depois de uma vacina que doeu muito e uma festinha no sítio errado.
O velhote foi feliz.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Aos velhotes dos dias de hoje



Há dias, estive a ver retratos de rua numa revista de fotografia que comprei por acaso, quando descia a Humberto Delgado depois de um exame demasiado aborrecido.
Uma das fotografias tinha uma qualidade expressiva superior a qualquer outra que já me tenha passado pelas mãos. Era só um velhote – e não me sirvo deste termo com conotação ofensiva – nas ruas sujas do Porto. Mas o contraste intenso das rugas na pele já escurecida transmitia mesmo alguma coisa. Nesse exacto momento, na minha cabeça ecoou a voz do Johnny Cash, numas palavras que nem lhe pertencem realmente. Era a música Hurt dos Nine Inch Nails que contava a história daquele homem, no timbre cinzento e profundo do Sr. Cash.
Isto fez-me pensar noutra coisa que ouvi esta semana numa entrevista. Não me lembro das palavras exactas, mas era algo deste género: “Não sei porque tanto querem prolongar a vida aos velhos, para nos abandonarem sozinhos e sem condições de vida. Deixem-nos morrer!”. Será que todos chegamos a velhos a pensar assim? Verdade seja dita, as estatísticas assustam no que toca à quantidade de idosos que vivem sós, sem recursos económicos, sem condições básicas, sem família, ou com família que simplesmente não quer saber. Dói pensar no quanto estas pessoas anseiam por uns minutos de atenção, nem que seja numa conversa sobre o tempo. Talvez haja aqueles a quem a sorte bate à porta. Talvez haja aqueles capazes de construir um império de felicidade ao invés do empire of dirt que tão bem pronuncia Johnny Cash. Eu não sei.
Pensei falar disto à minha avó, um grande pedaço do meu mundo. Mas acho que ela não me responderia. São raras as vezes em que lhe oiço uma gargalhada sonora, são demasiadas as vezes que a oiço queixar-se dos ossos a subir as escadas. O mundo avançou demais e a idade não lhe permitiu acompanhá-lo. Passa os dias de um lado para o outro, ao ar livre, porque diz que parar é morrer. Eu sei que na verdade só o faz para libertar o pensamento da dor, já perdi a conta à quantidade de vezes que me ensinou que “este mundo são dois dias de sofrimento”.
Até achava que a vida dela era relativamente afortunada, pelos menos agora. Tem a filha ao lado dela, tem os netos quase todos por perto… Mas, pensando bem, os velhotes merecem o mundo aos seus pés e, no entanto, só costumam ter arcas de roupa velha e mágoa em tudo quanto é canto.
A minha avó não consegue esticar as mãos, tem os pés deformados então não pode variar muito no calçado, tem glaucoma, hipertensão, diabetes e um problema auditivo que lhe causa um ruído constante dentro da cabeça. São poucas as pessoas que têm paciência para repetir as coisas umas três vezes até ela entender – eu própria não tenho paciência todos os dias – e toma uns cinco medicamentos diferentes a cada refeição.
A minha avó já não pode ouvir as tão adoradas cassetes da Amália e costuma ficar constrangida quando à terceira ainda não percebeu o que lhe estão a tentar explicar, então desiste e acena afirmativamente. E, quando se fala em morte, diz que antes gostava de me ver “formada”. Depois, pode seguir o caminho dela, seja ele qual for.
Não custa nada ceder o lugar no autocarro, explicar o funcionamento dos euros, ouvir mil vezes a mesma história, apanhar alguma coisa que lhes caiu ao chão, ajudá-los a levantar-se, a atravessar a rua, sei lá… Não digo isto a pensar que também serei velha, digo-o porque gostava que alguém o fizesse pela minha avó.
Será que vale a pena trabalhar uma vida inteira só para um dia sermos velhos? Acho que vale, se nos tornarmos “o velhote” de alguém.

A minha velhota

domingo, 15 de maio de 2011

Verdade, o amor é mesmo cliché

Já alguém vos perguntou o que é o amor? A mim já. Ainda fiquei algum tempo de cabeça no ar e olhos no vazio. Agora, afirmo sem sombra de dúvida: o amor é um vício. Coeso e conciso.

Pois, mas como que raio é que sabemos se já estamos dependentes? Acho que depende das pessoas. Inicialmente, suponho que todos apanhemos um susto do caraças. Começamos a andar a mil por segundo e algo dentro de nós nos diz que aquele momento chegou. O friozinho no estômago deixa de ser coisa de filme, as músicas lamechas deixam de ser motivo para dizer umas piadas aos amigos… Enfim, ficamos apavorados, mas é tudo tão natural que a euforia começa a acalmar. E é exactamente quando acalma, depois do grande clímax e da dose extra de adrenalina, que sentimos o verdadeiro amor. O ritmo abranda, o mundo torna-se mais sóbrio e ainda assim somos felizes.

O amor é ter vontade de ficar nos braços de alguém dias a fio. É ter vontade de partir os relógios, rasgar os calendários e parar o tempo para ficar enrolado nos cobertores a ouvir a chuva lá fora. Ou, noutros casos, é sair de casa aos pulos e de mão dada, para deixar toda a gente invejosa do sentimento que nos une ao outro alguém. É querer sempre mais e nunca ter o suficiente. É dar-nos totalmente, é perder o sono numa ou noutra noite mais fria.

O amor é bonito. É ouvir a mesma piada umas mil e quinhentas vezes e rir com sinceridade, no final. É saber quanto tempo aquecer o leite no microondas e quanto açúcar colocar. É levar o pequeno-almoço à cama e fazer chazinho com mel e limão nos dias de febre e nariz entupido. É sentir aquele instinto protector e aquele pico de adrenalina se alguém vai contra o bem-estar do nosso amor. É um “gosto muito de ti” sussurrado no meio de uma multidão em alvoroço! É ver o mundo à nossa volta e pensar “é por isto que gosto tanto de ti”.
O amor é traduzido de forma bastante elementar. Pode ser um coração mal desenhado numa folha de papel, ou uma música com três acordes. Pode ser oferecer chocolates ou flores e fazer beicinho. De qualquer das formas, é a linguagem universal dos apaixonados que se entendem sem dificuldade, numa confusão simples e irracional.

O amor é querer a felicidade de alguém acima de tudo o resto. É não ter vergonha do “pneuzinho” a mais, da celulite, ou da barriga de cerveja. É o cabelo despenteado e as roupas espelhadas pelo chão do quarto, igualzinho ao que se vê na televisão. É ficar de olhos abertos no chão da sala, até de manhã, só para ver o nascer do sol. É verdade, o amor é mesmo um cliché!
O amor é um abraço no meio da rua e um escondido beijo intenso na intimidade. É uma conversa de café sobre filmes, música e meteorologia… É ouvir com toda atenção uma opinião com a qual discordamos completamente. Às vezes, é subjugarmos a nossa própria opinião às ideias de outra pessoa. É trairmo-nos a nós próprios. E isto é uma péssima atitude, mas acontece quando gostamos verdadeiramente.

O amor pode ser extremamente estúpido. Às vezes consegue desenterrar a pior parte de nós, num grito de fúria – “Deixa-me em paz! Quero ficar sozinho!” – ou numa cena de ciúmes – “Quem era aquele com quem estavas a conversar?!”. É odiar-nos por uns momentos. É dizer coisas que nos arrependemos cinco minutos mais tarde. É verdade, apaixonados conseguimos ser a versão mais vergonhosa de nós mesmos. Mas, no fundo, amor é importarmo-nos o suficiente para nos darmos ao trabalho de discutir. É roubar um beijo, levar uma valente palmada e esperar impacientemente pela reconciliação.

O amor não é algo garantido. Se nos abandona, sentamo-nos num canto qualquer com uma garrafa de Tequilla e um balde de lágrimas. Ficamos horas, dias, semanas ou até meses a pensar na quantidade de coisas boas que nos aconteceram, mas ficaram perdidas numa recordação fosca que eventualmente acabará por desvanecer para sempre. Um dia atingimos a indiferença que, na verdade, é o verdadeiro antónimo de amor. Mas, afinal, quantos amores existem?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Manias

Manias: tenho muitas.

Tenho a mania de me deitar tarde e não me levantar cedo. Tenho a mania de levantar a sobrancelha esquerda por tudo e por nada. Tenho a mania de mexer o nariz – como aquela bruxinha do filme da feiticeira – quando estou perdida em alguma coisa dentro da minha cabeça. Tenho a mania de calçar as peúgas antes de tudo o resto. Tenho a mania bater ao de leve na barriga para arrotar – nojento, eu sei. Tenho a mania de cruzar a perna direita por cima da esquerda e nunca o contrário – culpa da escola de música Melodia. Tenho a mania de me sentar no escuro a olhar para o escuro quando estou menos bem-disposta – o que significa terrivelmente insuportável. Tenho a mania de andar sempre com um caderninho atrás de mim – no entanto, contam-se pelos dedos de uma só mão as vezes em que lá escrevi alguma coisa. E podia continuar durante umas quantas páginas, mas isso não interessa a ninguém.

Contudo, o que eu queria mesmo dizer é que também tenho a mania de ser pseudo-aspirante-a-escritora. E esta expressão inventada numa qualquer conversa de café é mesmo perfeita para me descrever. Sou aspirante a escritora tendo a perfeita noção de que nunca o chegarei a ser realmente. Mas, o que é que isso importa? Sou feliz assim, a escrever para alguém, na perfeita consciência de que não escrevo para ninguém.

Escrever? Porquê?
Escrever é tudo. Às vezes é uma doença, outras uma terapia. Para uns é uma coisa esquisita que acontece uma vez na vida, para outros é uma rotina. Talvez uma explosão, ou uma forma de não implodir. É arte. É um instinto natural, uma necessidade. É fome, às vezes sede. Para mim, é tudo isto conjugado numa simples mania. Mas, o que me fascina realmente no acto de escrever é a quantidade de coisas que meia dúzia de parágrafos consegue ser.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Concertos nos anos 90

Gostava imenso de estar a fazer 19 anos, mas nos anos 90. Era uma questão de recuar dez anos, nada de especial. Uma pena estar em 2011, a pouco menos de dois anos do fim do mundo!
De qualquer forma, não me posso queixar de ter vivido as emoções através dos meus primos, com os meus quatro ou cinco anos e os meus vestidinhos às flores.







Os Filipados